A Pescaria Milagrosa
A sua história tem o seu início em meados de
1717, quando chegou a
Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D.
Pedro de Almeida e Portugal, governador da então
Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de
Vila Rica (atual cidade de
Ouro Preto), em
Minas Gerais.
Desejosos de obsequiá-lo com o melhor
pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no
rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a
Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de
Nossa Senhora da Conceição sem a
cabeça. Em nova tentativa apanhou a
cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
[
editar] Início da Devoção
Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para
orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.
[
editar] A primeira Capela
Por volta de
1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma
capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em
26 de julho de
1745.
[
editar] Visita de Dom Pedro I
Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e a imagem.
[
editar] Primeira Igreja (Basílica Velha)
Em
1834 foi iniciada a construção de uma
igreja maior (a atual
Basílica Velha) para acomodar e receber os fiéis que aumentavam significadamente, sendo solenemente inaugurada e benzida em
8 de dezembro de
1888.
[
editar] Coroa de Ouro e o Manto Azul
Em
6 de novembro de
1888, a
princesa Isabel visitou pela segunda vez a
basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 08 de dezembro de 1868), uma
coroa de
ouro cravejada de
diamantes e
rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.
[
editar] Chegada dos Missionários Redentoristas
Em
28 de outubro de
1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da
Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos
romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.
[
editar] Coroação da Imagem
A coroa doada pela Princesa Isabel.
A
8 de setembro de
1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela
Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e
indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.
[
editar] Instalação da Basílica
No dia
29 de Abril de
1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a
5 de setembro de
1909 e recebendo os ossos de
são Vicente Mártir, trazidos de
Roma com permissão do Papa.